terça-feira, 27 de novembro de 2007

Peças Comentadas:

Caminhos

Espetáculo encenado por seis atores do Núcleo Experimental do Teatro Popular do Sesi, traz à tona as reflexões que toda pessoa um dia faz sobre os seus “caminhos” na vida. Conexões entre passado, presente e futuro, projeções e posturas entram no exercício dramático nada linear. Nas palavras da diretora, os atores não incorporam personagens. Cada um diz o seu texto como se fosse uma voz interior em plena prática da liberdade poética de pensamento. Direção: Cristiane Paoli Quito
Até 23 de Dezembro, quinta a sábado às 20h30 e domingo às 19h30
Mezanino do Centro Cultural FIESP (50 lugares)
Av. Paulista, 1313 (Metrô Trianon-Masp) - Cerqueira César
Ingressos: grátis (A distribuição dos ingressos tem início a partir da abertura da bilheteria no mesmo dia do evento. São distribuídos dois ingressos por pessoa.)
Duração: 75 minutos.
Classificação: 12 anos
Tel: (11) 3146-7405

Clarices

Numa pequena sala de um antigo apartamento, três senhoras esperam pelo momento de partir para uma viagem. Enquanto se dedicam a pequenas tarefas cotidianas, contam suas histórias e revelam suas identidades através dos textos de Clarice Lispector.
Texto: Seleção de textos de Clarice Lispector. Direção: Vivien Buckup. Com: Daniele Schitini, Eliana Bolonho e Juliana Gontijo.
Até 2 de Dezembro, sextas e sábados às 21 horas e domingos às 20h.
Ágora Teatro (90 lugares) Rua Rui Barbosa, 672 (Bela Vista)
Bilheteria: 5ª a 3ª (das 14h até o início das sessões)
Ingressos: R$ 20,00
Duração: 50 minutos.
Classificação: 12 anos
(11) 3284-0290

Lendas ou histórias sobrenaturais???

Conhecem a historinha do Teatro Municipal?

Numa época foi rotulado como mal assombrado.
Reza a lenda que artistas que fizeram sucesso no palco do teatro e já morreram ainda habitam os camarins do local.Na ocasião ouvia-se o arrastar de correntes, barulhos de passos e vozes nos palcos e corredores...
Pessoas que já trabalharam lá também afirmam que chegaram até a ver sombras e juram ter visto até artistas no palco e ao retornarem poucos instantes após, descobriram que não havia ninguém lá...eram fantasmas.
Coisas do além? imaginação?
Certos acontecimentos não se conseguem explicar, não é?
Buuuuuuuuuuu!!!!!!!

sexta-feira, 23 de novembro de 2007

A DURA REALIDADE DA VIDA

Deus criou o burro e disse:


Obedecerás ao homem, carregarás pesados fardos nas costas e viverás 30 anos. Serás burro.

O burro virou-se para Deus e disse: Senhor, ser burro, obedercer ao homem, carregar fardos nas costas e viver 30 anos ? É muito, Senhor, basta-me apenas 10.


Deus criou o cachorro e disse:


Comerás o osso que te jogarem no chão, tomarás conta da casa do homem e viverás 20 anos. Serás cachorro.


Deus criou o macaco e disse:


Pularás de galho em galho, farás macaquices e viverás 3- anos ? É muito, Senhor, bastam-me 20.


O cachorro virou-se para Deus e disse: Senhor, tomar conta da casa do homem, comer o que me jogarem no chão e viver 20 anos ? É muito, Senhor, bastam-me 20.


E Deus criou o homem e disse:


Serás o rei dos animais, dominarás o mundo, serás inteligente e viverás 30 anos.


O homem virou-se para Deus e desse: Senhor, ser rei dos animais, dominar o mundo, ser inteligente e viver apenas, 30 anos ? É muito pouco, Senhor: 20 anos que o burro não quis, 10 anos que o cachorro recusou e 10 que o macaco rejeitou, daim-me a mim, Senhor, para que eu viva pelo menos 30 anos a mais.


E Deus atendeu ao homem. Assim sendo, até os 30 anos o homem vive a vida que Deus lhe deu. Dos 30 anos aos 50 o homem casa, carrega os fardos nas costas para sustentar sua família. É burro.


Do 50 ao 60, já cansado, ele passa a tomar conta da casa. É cachorro.


Do 60 a0 70 anos, mais cansado ainda, ele passa a viver da qui ali, na casa de um filho ou de outro e faz gracinhas para as crianças rirem. É macaco.


ESTA É A DURA REALIDADE DA VIDA





De nada adiantam o dinheiro, o orgulho a vaidade, se todos nós temos que passar por essas fases...

Postado por: Jandira


Achei está satira muito interessante, pois trata-se de uma realidade da vida cotidiana.





TEATRO GRATUITO

TEATRO POPULAR DO SESI

Com o objetivo de formar platéias para diferentes linguagens, o SESI-SP viabiliza a realização de eventos artístico-culturais nos mais diferentes temas. Oferecidos gratuitamente, no período de 21 de novembro a 2 de dezembro, o Teatro Popular do Sesi apresenta espetáculos que representam a oportunidade do encontro do público com artistas sempre preocupados com a inovação e com a preservação da magia das artes.

Serão 14 sessões gratuitas de cinco espetáculos: João e Maria, O Tesouro de Balacobaco, Convocadores de Estrelas, Cem Gramas de Dentes e (a)tentados. As apresentações serão realizadas quarta-feira, sextas-feiras, sábado e domingo, em horários variados.

A Mostra SESI de Artes Cênicas oferece ao público freqüentador do TPS da Av. Paulista o resultado das produções teatrais do SESI-SP deste ano, selecionadas por meio de editais de dois projetos: Circuito SESI de Produções Teatrais Inéditas e Núcleo de Montagens Profissionais – Vila Leopoldina.

AGENDA NOVEMBRO/DEZEMBRO DE 2007


21/11 QUA - 11h João e Maria / 14h João e Maria
23/11 SEX - 14h O Tesouro de Balacobaco / 20h Cem Gramas de Dentes
24/11 SAB - 16h O Tesouro de Balacobaco / 20h Cem Gramas de Dentes
25/11 DOM - 16h O Tesouro de Balacobaco / 20h Cem Gramas de Dentes
30/11 SEX - 16h Convocadores de Estrelas / 20h (a)tentados
01/12 SAB - 16h Convocadores de Estrelas / 20h (a)tentados
02/12 DOM - 16h Convocadores de Estrelas / 20h (a)tentados

LOCAL DAS APRESENTAÇÕES

Teatro Popular do SESI

Capacidade 456 lugares

Ingressos Entrada franca - A distribuição dos ingressos tem início a partir da abertura da bilheteria no mesmo dia do evento - Horário de funcionamento da bilheteria: terça e quarta-feira, das 12 às 20 horas; quinta, sexta e sábado, das 12h às 20h30; domingo, das 11 às 20h. Exceto dia 21/11, a bilheteria abrirá das 10h às 18h.
São entregues dois ingressos por pessoa.
Reserva para funcionários da indústria (11) 3146-7396. de segunda a sexta-feira, das 10h às 13h e das 14h às 17h
Reserva para escolas e Grupos (11) 3146-7439, de segunda a sexta-feira, das 14h às 17h

Motivos para você ir ao teatro ...

Por Norley..., certa feita convidei uma amiga, analfabeta formal, dessas que só sabem desenhar o nome, a assitir uma peça teatral comigo, o nome da peça era " Nossa vida em família" - Peça de Oduvaldo Vianna Filho - que estreou no Teatro Itália, em São Paulo, em março de 1972, com direção de Antunes Filho e cenografia de José de Anchieta. Esta peça é uma descrição de muitas vidas e sua maior função é transmitir para as pessoas como determinados métodos podem conduzir a vida a uma irreparável mediocridade... Nossa Vida em Família" descreve minuciosamente esse jogo, que por ser um jogo de viver, fica distanciado da vida real, sem que as pessoas que o jogam percebam." Ao término do espetáculo, quando todos estavam de pé aplaudindo os atores, olhei pra minha amiga que estava em prantos, chorando como que uma criança, e acalmando-a indaguei o que lhe ocorrera, a mesma disse que nunca pensou que o teatro fosse tão impactante, mais que as novelas da televisão, disse que o drama visto foi tão próximo de sua realidade que, ter visto a peça, modificou sua visão sobre seus familiares. Com esse exemplo fica claro que não precisa ser intelectual pra gostar de teatro, o exemplo também deixa claro que o entreterimento do teatro é crítico, isto é, traz a reflexão sobre o mundo no qual vivemos, nos permitindo crescer enquanto pessoa.

Por Roberto..., motivos pra ir ao teatro? Muitos! Destaco somente um deles, o mais superficial: entreterimento audivisual de alta intensidade; explico: é a mesma coisa que assistir um show, se você tem uma tv preto e branco e uma tv a cores stereo com home theater, já surge uma diferença na qualidade no entreterimento. Mas imagine que ao invés de assistir esse mesmo show pela tv, você possa ir ao cinema, aquela tela gigante e um som incomparável (Som Surround) é bem mais itenso que assistir na tela de uma tv. Pois bem, agora, digamos que ao invés de assistir o show pelo cinema, você pudesse ir no próprio show e viver cada detalhe da "performance" de seu artísta ou banda favorita, não é o máximo?! É isso, com o teatro você terá o máximo grau de ampliação na sensação audivisual daquela peça.
Eu mesmo adorava cinema, ainda continuo gostando muito, todavia, depois de conhecer o teatro, este tomou a primazia no meu entreterimento.

Por Jandira..., "GOSTO NÃO SE DESCUTE!" - Se você nunca foi ao teatro, ou se já foi e assistiu uma peça que não lhe agradou por não tê-la compreendido, não fique frustrado. O teatro se divide em diversas tendências e estilos. Se você gosta de peças românticas, não deve fazer juízo de valor negativo do teatro após ter assistido uma comédia. A escolha da peça, pra quem nunca foi ao teatro é fundamental, assim, experimente assistir peças com a temática de sua preferência (comédia, tragédia), evite os monólogos, depois leia o comentário da peça antes, pra ver se o enredo lhe interessa, feito isso assista a peça. Esses cuidados são importantes, pois o teatro tem uma forma própria e muito particular de transmissão da mensagem, as vezes difícil para o iniciante (que por vezes se desencanta ao comparar com a televisão ou cinema, que possuem os recursos do enquadramento e close para chamar a atenção), então, a melhor crítica ao teatro deve ser feita após a compreensão da peça; quando isso ocorre, na esmagadora maioria das vezes, ela (a crítica) é a de aprovação. Assim, o motivo que te dou para ir ao teatro é conhecê-lo, assistindo uma peça com temática e enredo assimiláveis a você, feito isso, gostar ou não de teatro é muito pessoal, pois gosto não se discute!

Por Rosangela..., não custa nada! Já ouvi muitas pessoas dizerem que teatro é caro, é coisa pra "gente bem de vida", puro engano. Existem sim peças e montagens caras, cujo preço do ingresso não é destinado à maioria da população. Entretanto, existem muitas, mas muitas peças teatrais a preços populares, cujo valor está entre R$2,00 a R$10,00 reais. Achou caro?! Tudo bem, você está num momento ruim, financeiramente falando, tudo bem, boa notícia: existem muitas, mas muitas peças gratuitas, peças patrocinadas pelos órgãos governamentais, ONG's, empresas e, tantas outras vezes, pelas próprias companhias teatrais. Peças gratuitas que nem só por serem de graça não possuem recursos caros, artistas renomados e atributos da mais alta qualidade em suas encenações. Por isso, vá ao teatro: NÃO CUSTA NADA!!!

Por Luciana..., Vou dar um bom motivo para ir ao teatro: é divertido, é um passeio sem igual, que não é excludente das outras abordagens e formas de diversão e arte. O teatro convive bem ao lado da televisão, do cinema, do barzinho, do show, da ópera, da orquestra, das baladas, museu, exposições de arte, do ócio... Trata-se de alargar a visão de mundo, sair da rotina do mesmo tipo de diversão, como que a pessoa que só lê livros, ela não assiste um programa de tv, não assiste um filme, não lê um jornal, não freqüenta um clube, ora, trata-se, por mais intelectual que seja o hábito da leitura, de uma pessoa bitolada. O mesmo se diga de quem só freqüenta teatro e despreza outras formas de manifestação artística e de entreterimento. O que vale aqui é a inclusão de uma nova perspectiva artística e de entreterimento, que não pode ser exclusiva (ser a única visão de arte e entreteriemnto em sua vida) mas integrativa (conviver ao lado das antigas e das novas formas de arte e entreterimento). Não seja uma pessoa bitolada!

Por Andrea... O teatro é arte pessoal. Existe o entretenimento, existe a reflexão, existe a técnica, todavia, isso se torna pequeno diante da grandiosidade da obra artística que o teatro representa. A arte toca, encanta, incomoda, é compreensível, é incompreensível, é o registro da sensibilidade humana. O teatro existe desde a antiguidade, há quem diga que desde a pré-história, e apesar de toda uma possível evolução tecnológica, não se sabe de nenhuma civilização que após o contato com essa forma de arte a tenha abandonado. Assim, a apreciação artística é o motivo maior, no meu ponto de vista, para ir ao teatro.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

IMPRESSÕES PESSOAIS...

Por Rosangela... " Considero o teatro um manifestação cultural, porém, atualmente, em razão das diversas modalidades de diversão e arte, o teatro, mesmo quando gratuito, não recebe a merecida importância. Vou dar um exemplo, no Céu Aricanduva foi agendada recentemente uma peça teatral intitulada "Os estranhos caminhos de Santiago", todavia, a peça não foi encenada, pois faltou público, detalhe: a peça era gratuita... Já assisti peças infantis e dramas teatrais, foi uma viagem maravilhosa, poder sentir a encenação, é como se eu fizesse parte daquele universo, o teatro, sem dúvidas, é mais impactante que a televisão, não foi por acaso que na ditadura militar existia um forte controle sobre as peças teatrais, dado o poder de influência do teatro".


Por Norley... "Não tive muitas experiências com o teatro, porém, o presente trabalho despertou em mim a curiosidade de ver uma apresentação teatral. Nesse último final de semana assisti a peça chamada "Religare", que é uma peça de cunho religioso, falando sobre a ligação ou re-ligação do ser humano com o universo mítico dos deuses e dinvidades. Um quadro que expressa bem a idéia de religare está na cúpula da Capela Sistina, um afresco feito por Michelangelo no qual a representação de um deus estende sua mão para um homem que tenta desesperadamente tocar seus dedos, como se algo os divessem separados, Religare, ao mesmo tempo uma crítica a essa separação e um despertar à divindade que está em cada um de nós."


Por Roberto... "Adoro o teatro, tento assistir ao menos uma peça por mês, entre as peças a que mais me marcou foi "Entrevista com Frans Kafka", é uma peça com visão modernista do teatro, na qual os atores entram em cena com um roteiro básico e a peça vai se delineando conforme a assitência do público, tal método é chamado de "teatro interativo". A peça fala de um suposto emprego no qual a personagem principal Kafka é o canditado, porém, quando chega para a entrevista de seleção, descobre que já morreu, dai por diante começam todas as tramas sobre a verdade, a mentira, a realidade e a relatividade experienciada.., é uma peça maravilhosa.
De um modo geral o teatro enriquece minha vida, com novas visões, alargando o conceito de mundo no qual eu vivo".


Por Andrea... "A última peça que vi foi O Retrato de Dorian Gray - Oscar Wilde. Como já tinha lido, assistido ao filme adorei ter visto a peça... é diferente a sensação do teatro, é mágico, principalmente quando o diretor consegue ser fiel à obra e usa como recurso os detalhes sutilmente inseridos, nas entrelinas da história... É maravilhoso quando você gosta de ler e acompanha as adaptações feitas de seus livros preferidos. Alguém conhece esta peça? gostaram?"

Por Jandira..., "a arte imita a vida ou é a vida que imita a arte?", assistir uma peça teatral é colocar-se além de si mesmo e perceber como arte e realidade se entrelaçam numa trama inseparável. Nas peças que assisti, especialmente quando o drama é a temática central, observo o quanto as falas, o comportamento e as situações das personagem se parecem com fatos que já circundaram a minha vida ou de pessoas muito próximas a mim, ainda que num grau bem diminuto; neste sentido percebo a arte imitando a vida real, tirando dela suas motivações para o entreterimento reflexivo, todavia, ao retirar da realidade suas inspirações, o teatro, enquanto arte, e arte crítica, a veste de uma nova roupagem, acrescentando novos elementos à realidade reproduzida; tal acrescimo faz da obra teatral algo novo, inédito, que choca, que encanta e, por vezes, incomoda, expressando assim a arte, arte que influência, motiva e modifica a vida das pessoas que a contemplam, pessoas que, de certo modo, em sua vida imitam a arte teatral, fazendo dessa troca, dialética em certo ponto, a evolução cultural, de construir, destruir o construído e novamente se reconstruir.
Entre as peças que mais marcaram minha vida destaco uma: "A Mandragora" - Peça de 1518 Nicolau Maquiavel (1469-1527) "O texto nos mostra a estória de Calímaco, um homem jovem e rico, que está apaixonado por Lucrécia, que é casada com Messer Níssia. Disposto a tudo, Calímaco, com a ajuda de Ligúrio, se envolve numa série de trapaças e engana a todos para conseguir o que deseja: passar uma noite de amor com a mulher. Finge ser um médico e é contratado, pelo próprio marido, para resolver o problema de esterilidade da moça. O marido, concorda com a receita dada pelo falso médico, e permite que sua esposa passe a noite com um outro homem, para que assim o efeito da fórmula, a base de mandrágora, faça o efeito. Obviamente esse homem será o próprio 'médico'. A mandrágora é uma raiz nativa do sul da Europa e dos países do Mediterrâneo oriental. Os gregos antigos a misturavam com o vinho (que então era normalmente servido contendo várias ervas, além de água do mar provavelmente para amenizar o seu paladar). A utilizavam também como anestésico, em sua medicina. O grande discurso do autor é mostrar as várias formas de se corromper ou de ser corrompido. Para isso não poupa ninguém: todos os personagens, em algum momento são "subornados" por outro(s)."

Eu amo o teatro!

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Peças em cartaz

Educação Sentimental do Vampiro
de 11/4 a 18/11
Teatro Popular do SESI (SP) R$ 3 (grátis qua, quin e dom)
É a primeira montagem que a Sutil Companhia de Teatro faz baseada em um autor brasileiro. Conhecido como O Vampiro de Curitiba, Dalton Trevisan teve 18 contos – de seus quase 40 livros – adaptados para o palco. No elenco estão Erica Migon, Guilherme Weber, Jorge Emil, Luiz Damasceno, Magali Biff, Maureen Miranda e Zeca Cenovicz. Sessões: quarta a domingo, às 20h.
Centro Cultural FiespAv. Paulista, 1313, São Paulo
Informações: (11) 3146-7405
http://www.sesisp.com.br/


O Fantasma da Ópera
a partir de 04/01
Teatro Abril (SP) R$ 60 a R$ 200
"O Fantasma da Ópera", musical em cartaz há 19 anos em Londres e há 16 em Nova York, ganha versão no Brasil com texto e músicas em português e um elenco formado só por atores brasileiros. A montagem brasileira busca se igualar às estrangeiras com cenários luxuosos, centenas de figurinos e perucas de época e muitos efeitos especiais.


Galeria 17
Peça baseada baseado no conto Na Galeria, de Franz Kafka.
A encenação se desenvolve em um panorama marcado pelo desfazer de fronteiras entre o teatro, a dança e as artes performáticas, explorando as infinitas possibilidades de experimentação da linguagem cénica. O principal ingrediente é a metamorfose, o fluir constante de uma forma à outra. Metamorfose expressa nos corpos, nas imagens, nas sonoridades, nos suportes
Com: Boa Companhia. Direção: Verônica Fabrini. Com: Daves Otani, Eduardo Osorio, Fabiana Fonseca, Moacir Ferraz e Verônica Fabrini
Estréia:dia 30 de Novembro (sexta) Até 9 de Dezembro, sexta e sábado às 21h e domingo às 20h
Centro Cultural São Paulo Rua Vergueiro, 1000 (Paraíso)
Tel: (11) 3277- 3611
Ingressos: R$ 15,00 (inteira) e R$ 7,50 (meia)
(Dia 20/11: preço R$ 1,90) Duração: 1 hora. Classificação: 16 anos

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Teatro: Além do significado...é essência


A palavra teatro abrange ao menos duas acepções fundamentais o imóvel em que se realizam espetáculos e uma arte específica, transmitida ao público por intermédio do ator. No teatro, público e ator estão um em face do outro durante o desenrolar do espetáculo.
No teatro dramático são essenciais três elementos: o ator, o texto e o público. É preciso que um ator interprete um texto para o público, ou, se quiser alterar a ordem, em função da raiz etimológica.
No teatro além da presença física do ator, é necessário também o cenário, este vale-se de dois elementos procedentes de duas outras artes:a arquitetura e a pintura. O teatro não tem acanhamento de recorrer a elementos musicais. A música, se bem aproveitada, não se reduz ao papel de acompanhamento, mas pode integrar-se na expressão dramática.
A coordenação de elementos dispersos, tomados de diferentes artes, legitimou no teatro, a figura do encenador. A ele incumbe por em cena uma peça, isto é, realizar o espetáculo. Assim como o dramaturgo é o autor do texto, o encenador é o autor do espetáculo. Com a complexidade dos recursos aliciados pelo teatro, compete ao encenador construir a harmonia artística do espetáculo.
O teatro é uma síntese de elementos artísticos e não de artes. O teatro é uma arte secundária. O cenário utiliza da arquitetura e da pintura, alguns dados, mas não se contém numa ou noutra arte: mas nada impede que a cenografia seja mais avançada que as outras artes plásticas.
A síntese de elementos artísticos faz o espetáculo. Espetáculo teatral e teatro podem ser considerados sinônimos, e se confundem com expressão artística específica.
O texto é a parte essencial do drama. Ele é para o drama o que o caroço é para o fruto, o centro sólido em torno do qual vêm ordenar-se os outros elementos. O texto deve ser escrito para a eficácia do espetáculo.
A presença do ator caracteriza o fenômeno do teatro. Parasitário ou não da arte do dramaturgo, essa arte só adquire vida cênica ao ser animada por ele.
Considera-se o ator um instrumentista que usa como instrumento o próprio corpo, voz,expressão, autoridade cênica­­­-tudo ele conjuga, para alimentar o público. Uma vocação inata para o palco lhe é indispensável.Tratando-se de teatro como síntese de elementos artísticos, cabe lembrar que a música participa também do espetáculo. A tragédia grega atribuía a ela com grande importância. A música era assim orgânica na representação. O teatro esmerava-se no propósito de englobar as várias artes.
Pela natureza e pelo comportamento do público se conseguiria traçar o perfil de um teatro.Com o apoio do público, florescem certos espetáculos e mesmo todo um teatro. A história mostra que as artes, como as civilizações, chegam a seu apogeu, e depois declinam, naturalmente não de forma linear e primária. O teatro, passados os períodos áureos da Atenas clássica, da Idade Média, da Inglaterra elisabetana, do século XIX, não encontrou mais o mesmo favor popular, e cedeu o cetro a outros veículos artísticos ou de entretenimento coletivo.
Examinando-se sem ilusões o que leva o público brasileiro a freqüentar o teatro, fundamentalmente se concluirá que é o desejo de divertir-se.
Baseado no livro: Iniciação ao Teatro - Sabato Magaldi

As Múltiplas Tendências do Teatro Contemporâneo

Os temas abordados no teatro contemporâneo eram problemas como a angústia da existência humana, a desintegração da linguagem e a solidão.
O século XX é marcado por questionamentos de valores, essa tendência encontrou em Sarte a Camus seus principais representantes.
Nas peças de Sarte, as personagens são quase sempre colocadas diante de uma situação existencial que lhes impõe decisões marcadas pelo risco da liberdade.
Propondo a escolha lúcida para o próprio destino, Sarte procura uma saída para o dilema da condição humana.
Já os representantes do teatro do absurdo, o mundo é irracional, ilógico e sem objetivos.
Outra tendência, contraria a falta de perspectivas do teatro do absurdo é o teatro-documento, seus representantes destacam-se pela objetividade de pesquisa, linguagem poética e pela rigorosa fidelidade histórica a acontecimentos fundamentais da atualidade.
Refletindo do mundo as alegrias ou as misérias, as pompas ou as desgraças, as frustações ou as esperanças, o teatro se transfigura, se despoja. Na década de 60, o teatro pobre sustenta a relação ator-espectador. O espaço já não é tão importante, pois o espetáculo pode ser realizado tanto entre quatro paredes, quanto ao ar livre.
Procurando reinventar um muno de magias e desnudar a realidade, o teatro moderno tenta reencontrar o aspecto ritualístico de sua origem.

Retirado do livro: Teatro Vivo

A Reteatralização: O Reinado do Diretor

Imprimindo seu estilo pessoal ao espetáculo, os diretores acabaram reinventando o teatro. Um dos primeiros grandes encenadores do teatro moderno foi André Antoine.
Com seu realismo, Antoine pretendia copiar a vida transformando o palco numa grande fotografia.
Suas idéias influenciaram profundamente o teatro da Europa e E.U.A .

Retirado do livro: Teatro Vivo

O Herói Burguês

A predileção por tudo o que é essencial manifestou-se até mesmo nos instantes mais ousados do nosso drama, o drama burguês. Peças que apresentavam o indivíduo condicionado pela realidade do cotidiano. Paralelamente no classicismo alemão Goethe criava dramas burgueses e tragédias movidas por intenções idealistas.
A tragédia romântica do século XIX colocou em cena o super-homem que, mesmo derrotado, vence qualquer adversidade.
Apesar de ganhar riqueza, o drama tornou-se aos poucos obscuro e intelectualizado, afastando-se cada vez mais das multidões.
Incorporado ao Naturalismo ou reagindo as suas imposições, o teatro passou a ser tese, crítica social é mesmo poesia, ora carregando aspectos da realidade cotidiana, ora acentuando traços simbolistas e psicológicos, ou filtrando a objetividade através da ótica expressionista.
Os pioneiros do teatro moderno transitavam de um extreme a outro: do ultra-realismo dos primeiros naturalistas ao realismo fantástico sugerido pela revolução que se operava nas artes plásticas da época. Refletindo mais uma vez as preocupações sociais do momento, o teatro não pode escapar as pinceladas do Abstracionismo, Dadaísmo e Surrealismo. Importante ruptura com a dramaturgia tradicional foi devida a esses movimentos, que rejeitaram qualquer compromisso com o teatro realista convencional.
No século XX, o drama da classe média parecia rejeitar e ao mesmo tempo ambicionar o “teatro total”, que em palavras, gestos, sons, luzes, volumes, cores, movimentos e ritmos de todas as formas de expressão artística; tudo para dar ao espectador uma visão absoluta.

Retirado do livro: Teatro Vivo

O Classicismo Francês

No mesmo momento em que o texto renascia em Londres , os autores franceses lançavam sérias criticas à obra de Shakespeare.
Quando o classicismo invadiu os palcos ingleses, o teatro Shakespeariano passou a ser enquadrado nas regras francesas: as cenas cômicas foram removidas das tragédias, por considerar-se que “violentavam” a unidade de ação. Um dos autores mais prestigiados pela aristocracia e por Luis XIV foi Jean Baptiste Molière. Ao colocar por exemplo Don Juan, O Tartufo, etc, conquistou a fúria dos censores. Suas peças continham mais verdade do que seria desejável.

Retirado do livro: Teatro Vivo

Teatro Elizabetano

William Shakespeare construiu uma literatura teatral vinculada aos aspectos populares do teatro Medieval.Ele adotou essa inovação considerando a separação entre palco e platéia. Mas no conteúdo foi determinado pela estrutura política e social da época.
A obra de Shakespeare foi produzida no período em que a rainha Elizabeth I ( 1558 – 1603) estava no poder. O reflexo do desenvolvimento atingiu as esferas culturais, possibilitando o surgimento dos “talentos universitários”.
Os primeiros dramaturgos profissionais deixaram de escrever exclusivamente para a corte e passaram a apresentar suas peças nos pequenos teatros recém-inaugurados.
Os atores já podiam se apresentar diariamente. No entanto Shakespeare caiu nas garras do puritanismo e a dramaturgia só voltaria aos palcos vinte anos depois.
Retirado do livro: Teatro Vivo

Commedia Dell’Arte - Teatro do Povo

A Commedia Dell’Arte vulgarizou a trama, pó trajes, etc. Permitindo as ator ilimitados recursos da improvisação, o gênero faz do interprete o mais importante elemento do espetáculo teatral. Contudo, a pobreza do texto, provocando desequilíbrios no espetáculo, constituiu o principal fator de sua decadência.
A Commedia Dell’ Arte pode ser considerada o ponto de partida das diferentes formas de teatro do povo, no drama Shakespeariano.

Retirado do livro: Teatro Vivo

A Renascença

Os atores domésticos encenavam peças especialmente escritas para s ocasião, representavam na casa do amo. Estes são herdeiros diretos dos menestréis e bobos da corte.
Com a decadência de famílias ricas e fortalecimento do poder real, os comediantes tiveram a principio que se sustentar por si mesmos.
A centralização da vida cultural nos países europeus serviu de poderoso incentivo para a formação de companhias regulares de teatro.
O teatro sofreu uma evolução: com Gil Vicente & Companhia.
O Brasil teve influência, apoiando-se também nesse drama teatral religioso na época de colonização.
A Comedia Nueva era em teatros públicos surgidos na Espanha (teatro a céu aberto). Esse foi um dos primeiros teatros a se diferenciar das representações da igreja e dos espetáculos encenados na corte.
Na Itália, onde uma rica classe de banqueiros e comerciantes (uma nova cultura artística) aflorou mais rapidamente.

Retirado do livro: Teatro Vivo

Teatro Medieval: Uma Fantástica Visão de Sonho

Na Idade Média os espetáculos profanos provavelmente eram apresentados dentro dos castelos senhoriais, pois a proibição da igreja ainda era forte.Possuía também o monopólio da educação. O menestrel (misto de cantor e jogral) era músico, dançarino, ator, enfim, versátil como poeta culto; tentara o sensacional , as grandes tiradas, a poesia viva. Sofreu hostilidade do clero.
A igreja utilizou o teatro para apresentar as chamadas moralidades( pecados capitais), esse apavorante teatro, a serviço de idéias religiosas; continha ao mesmo tempo rústicos traços de tragédia, comédia e farsa. Com a aproximação de ano 1000 a Igreja passou a pregar o fim do mundo, o julgamento final e o terror da morte. Os homens viviam em estado de constante excitação religiosa, com perseguições, cruzadas e excomunhões de imperadores e reis.Mesmo com o desenvolvimento da vida urbana, ainda se respirou a atmosfera apocalíptica do Juízo Final por muito tempo.Na Espanha passou a se utilizar o teatro para encenar.As encenações tratavam sempre de episódios bíblicos.A Idade Média não criou um edifício teatral próprio, no início só religioso (dentro ou fora das igrejas). Mais tarde transferiu-se para praça pública, que estimulava o comparecimento do povo.

Retirado do livro: Teatro Vivo

Comédia: O Teatro como Brincadeira

A comédia encerrava os festivais atenienses mostrando aos espectadores que o teatro é uma grande brincadeira. Através dessas comédias também eram dirigidas críticas mordazes às instituições e às pessoas notáveis, não escapando nem os próprios deuses. Ao entrar em contato com os gregos,os romanos inseriam-se num novo mundo de possibilidades. Na época do Cristianismo, o povo vibrava com a comédia. No século V a igreja escomungou os atores, mas não foi o suficiente para terminar com os espetáculos. No século seguinte, os teatros foram rigorosamente proibidos de funcionar.

Retirado do livro: Teatro Vivo

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

A Tragédia Grega

No século V a.c, os autores trágicos carregados de emocionalismo, com adereços e com recursos de encenação improvisada, incorporou-se a poesia como núcleo. Substituíram a carroça em praça pública por uma plataforma fixa, um palco em que se podia organizar um espetáculo com atores, coro e arquibancadas, anualmente levantadas para um imenso público.Isto ganhou maior proporção quando se escolheu um local para as representações: o terreno consagrado a Dionísio em Acrópole.No palco os atores fingiam emoções alheias e os assistentes submetiam-se à catarse, que segundo Aristóteles purifica a alma das paixões sufocantes, "ao inspirar, por meio da ficção, certas emoções penosas, especialmente a piedade e o terror, a catarse nos liberta dessas mesmas emoções".Embora mude de forma e conteúdo, através de uma imensa variedade de estilos e de acordo com as preocupações da época, o teatro sempre fala aos sentimentos dos homens.Os deuses tinham forte influência nas histórias para a ação dramática.

Retirado do livro: Teatro Vivo

O Nascimento

Os cidadãos iam na praça do velho mercado de Atenas para ver Téspis "atuar". Ao gritar "eu sou Dionísio" começou uma aventura espiritual que atravessaria os séculos, mesclando a imagem do próprio homem - verdade e fantasia, risos e lágrimas: o nascimento do teatro.

Retirado do livro: Teatro Vivo